quinta-feira, 11 de outubro de 2007

"Duas Caras - De Aguinaldo Silva


Aguinaldo Silva é um autor de muito respeito e credibilidade. As vezes, no início de uma nova novela, comentamos "mas tá muito chato". Porém, com "Duas Caras" não dá para dizer isso.

O autor usou o ingrediente certo na novela. Nada de mostrar caras bonitinhas nos primeiros capítulos, muito pelo contrário. Encheu todas as cenas de grandes talentos do nosso teatro, cinema e televisão.

É com grande prazer que vemos Antônio Fagundes fazer o seu Juvenal Antena. É maravilhoso ver Marília Pêra, como Gioconda, crescendo o seu personagem a cada capítulo. Ver a explosão de seu humor. Gioconda encontrou em Guida Vianna uma parceira que promete muito.

Ver o casal Otávio Augusto e Renata Sorrah. Eles estão dando show de interpretação. Ainda por cima, o pai do personagem da atriz está sendo vivido pelo maravilhoso Sérgio Viotti (foto). A cena de hoje, com este ator era puro teatro. Bravos!

A Grande Família - Sem Marco Nanini não tem graça


O ator Marco Nanini terá que ficar fora do ar durante um mês, pois passou por uma cirurgia, mas o que não dá é para aqüentar "A Grande Família", sem o Lineu. Acho que deveriam tirar o programa do ar durante sua ausência. Aliás, ele e a Nenê, da Marieta Severa, não podem faltar nos episódios. Ter que ter paciência para aturar Pedro Cardoso, como Agostinho, ainda mais protagonizado alguma coisa

sábado, 8 de setembro de 2007

Frases da Semana

"O coração é meu e pode sofrer, mas o meu rosto é das circunstâncias e pode sorrir" (provérbio chinês).

"Quando nasceste, todos sorriram e só tu choravas. Viva de tal maneira que, quando morreres, todos chorem e só tu SORRIAS." (Victor Hugo).

"Se o estupro for inevitável, relaxa e goza". (Millôr Fernandes).

"Esse é um país tão maravilhoso que é o único em que as putas gozam" (Sérgio Porto).

"Não sou gregário, prezo muito minha solidão". (Clarice Lispector).

"- Isto me parece meio arriscado, Bebel.
- Arriscado me bem é subir pelas paredes e depois levar tombo". (Bebel na novela Paraíso Tropical, de Gilberto Braga).

sexta-feira, 17 de agosto de 2007

20 anos Sem Drummond



Mãos dadas

"Não serei o poeta de um mundo caduco.
Também não cantarei o mundo futuro.
Estou preso à vida e olho meus companheiros
Estão taciturnos mas nutrem grandes esperanças.
Entre eles, considere a enorme realidade.
O presente é tão grande, não nos afastemos.
Não nos afastemos muito, vamos de mãos dadas.
Não serei o cantor de uma mulher, de uma história.
Não direi suspiros ao anoitecer, a paisagem vista na janela.
Não distribuirei entorpecentes ou cartas de suicida.
Não fugirei para ilhas nem serei raptado por serafins.
O tempo é a minha matéria, o tempo presente, os homens presentes,
a vida presente". Carlos Drummond de Andrade

quinta-feira, 9 de agosto de 2007

Superficialidade do Mundo Moderno

É irritante a mania moderna de julgar pelas aparências. Não se aprofundam em nada. São lidas apenas as primeiras linhas de uma matéria de jornal ou revista e são feitos comentários absurdos. Nos casos dos livros, a coisa é ainda mais séria. Apenas a orelha dos livros são lidos e, o "leitor", sai dizendo que o livro é uma droga. "Não vemos, apenas olhamos". Isto é péssimo!

terça-feira, 31 de julho de 2007

"Dentro do Mar Tem Rio" - Maria Bethânia


A grande divã da música popular brasileira, Maria Bethânia, volta ao seu palco preferido: Canecão. Inspirado em seus dois novos discos, "Mar de Sophia" e "Pirata", a abelha-rainha volta ao Rio de Janeiro para duas semanas de espetáculo e gravação de CD e DVD ao vivo - de 10 a 19 de agosto. Para aqueles que não tiveram a oportunidade de ver a apresentação da cantora na outra casa de espetáculos do Rio, não deve perder essa chance, pois o show é fantástico. Sem falar do CD e DVD, lançados pela Biscoito Fino, que podem ser adquiridos em qualquer boa loja de CD/DVD ou no próprio Canecão, após o show. Vale a pena e Bethânia merece.

sexta-feira, 13 de julho de 2007

O Adeus a Atriz Yolanda Cardoso



A atriz Yolanda Cardoso - que faleceu no último dia 8 de julho de 2007, vítima de falência múltipla dos órgãos - vai ser enterrada hoje às 11h, no Cemitério Jardim da Saudade, em Sulacap, na Zona Oeste do Rio. Yolanda tinha 35 anos de carreira e interpretou mais de 40 personagens na TV e no teatro. Entre os destaques, estão suas atuações na primeira edição do "Sítio do Picapau Amarelo", no seriado "Os Bandidos da Falange" e na novela "O Direito de Amar".

Laura de Vison - A Grande Transformista





Laura de Vison fez muito sucesso nas décadas de 60, 70, 80 e 90 como transformista. Seu nome artístico surgiu ainda na década de 60 quando desfilava de biquíni e casaco de pele no Carnaval carioca.

Até recentemente, Laura fazia shows na cena GLBTT carioca e suas aparições foram muito festejadas.

Faleceu em 09 de julho de 2007, sendo enterrada no Cemitério de Inhaúma, no Rio de Janeiro.

Na pele de Norberto, também foi professor de História em escolas públicas do Rio de Janeiro. Em sala de aula não é um professor nada convencional. Já chegou a se vestir de Cleópatra para explicar a História do Egito.

Na década de 1970 foi presa por homofobia, segundo ela “simplesmente por ser gay”. Ficou dez dias em uma cela que lhe rendeu uma grande experiência de vida.

Após 18 anos como professor no Colégio Capitão Lemos Cunha, na Ilha do Governador, no Rio de Janeiro, perdeu o emprego porque respondeu às perguntas dos alunos sobre a transmissão sexual da AIDS.

Participou de alguns filmes como: "Mamãe Parabólica", curta-metragem (2005); "Laura, Laura", curta-metragem (2005); "Cazuza - O tempo não pára", longa-metragem (2004); "Você Decide", um episódio, em (1999); "Incidente em Antares", minissérie, como Singer Garcia (1994); "Noite", (1985); "Memórias Póstumas de Brás Cubas"; "Se tu vais ao Rio". Recebeu os seguintes prêmios: Medalha de Ouro no Festival du Court-Métrage de Bruxelles, na Bélgica, em virtude do filme "O Bigode da Aranha".
Candango de Ouro, em Brasília, e Sol de Prata, no Fest Rio, na categoria de melhor ator em "Mamãe Parabólica". Dados do site: Mix Brasil.

Laura de Vison era uma simpatia como pessoa. Quem a conheceu chamais a esquecerá. Nos anos 80, virou "cult" nas noites do casa noturna Boêmio, na Rua Santa Luzia.
Ela nunca esqueceu essa fase. Com o fechamento da casa, Laura passou a peregrinar pela Lapa a procura de outro espaço. Como não encontrou, acabou se sujeitando a distribuir balinhas em boates que não a consideravam "culta" para seu público tido como "elitista". Falta de cultura tiveram seus "diretores artísticos" e proprietários para não ver o que ela representava. Outra casas, como o Cabaré Casanova não permitia que ela entrasse, pois nos anos anteriores tinha concorrido com ela. Como a própria Laura falou a este bloqueiro.
Era uma tristeza ver Laura pedindo favor. O Brasil, que é um país sem memória, não dá valor a quem merece. Porém, nós chamais esqueceremos de LAURA DE VISON, com seu sorriso simpatico, mesmo nos momentos mais difíceis.

sexta-feira, 6 de julho de 2007

100 Anos de Dercy Gonçalves na Le Boy





A grande comediante brasileira jamais será uma Dona Benta, seu espírito é jovem e irreverente. Fez do palavrão cavalo de batalha. Responde com toda convicção: "Sou um retrato do País, que é a própria escrotidão".
Com essas características ela se tornou a primeira estrela da TV Globo-Canal 4 ao comandar o programa "Dercy de verdade", exibido aos domingos em 1966, das 20h às 22h.
Ela comandava o show, que passou a ser o grande líder de audiência da emissora. Era uma atração de grande apelo popular, cujo lema era ajudar aos necessitados. Ela fazia chamadas pedindo cadeiras de roda, óculos, bengalas e casas para os que precisavam. Como a audiência era enorme, os que precisavam de alguma ajuda formavam filas gigantescas na frente do auditório
da emissora, no Jardim Botânico.
Sua equipe de reportagem selecionava os assuntos mais sensacionais, enquanto a parte do programa destinado aos donativos ficavam por conta do sobrinho da artista. Durante a enchente de 1966, no Rio de Janeiro, enquanto o "Jornal nacional" fazia chamadas ao vivo, Dercy levava as câmeras para a rua e transferia seu programa para o terraço da Globo, chamando a atenção dos telespectadores para a emergência de se enviar agasalhos para os desabrigados. Resultado: o auditório da emissora ficou abarrotado de donativos. Com isso, a audiência levou a Globo — é bom lembrar que a emissora dava os seus primeiros passos — à liderança absoluta começando a atrair o público cativo das emissoras mais importantes da época, como: TV Tupi, TV Rio e TV Excelsior. Nas quartas-feiras ela atuava em outro sucesso da emissora o "Dercy de comédia", nos mesmos moldes do que fizera na TV Excelsior. Em 1971,
Dercy foi para a TV Record, onde estreou como a namorada do Bronco, no programa "Família Trapo" e, meses depois, criou o programa "Dercy em Família" nos mesmos moldes do que havia feito na Rede Globo. Viva Dercy!

No próximo sábado, 28 de julho de 2007, DERCY GONÇALVES, ou Dolores Costa Bastos (nascida a 23 de junho de 1907), vai comemorar oficialmente o seu aniversário na boate Le Boy, Copacabana.

Em entrevista ao bloqueiro ela comentou:

Dercy - Tenho o ano que sinto,quantos anos vou viver mais não importa. O que importa é o presente.
Eu - Vc fez o sucesso da Rede Globo quando apresentava o programa "Dercy de Verdade", em 1966, que foi o maior sucesso na emissora iniciante. Naquela época todos assistiam à TV Excelsior, a Tupi e a TV Rio, mas vc levou o público para a Globo.
Eu - Vc fez grande novelas, como "Deus nos acuda" e "Que rei sou eu?", na Globo.
Dercy - Aliás, essa última foi muito divertida.
Eu - Vc se dava bem com a Tereza Rachel?
Dercy - Nem olhava pra cara dela, é muito besta.
Eu - Mas antes de fazer essa novela vc fez na TV Bandeirantes, a novela "Cavalo Amarelo", que fez tanto sucesso que resolveram esticá-la com "Dulcineia,vai a guerra!".
Dercy - Vc conhece mesmo a minha vida! Foram dois trabalhos bacanas.
Eu - Dercy, vc vai comemorar seu aniversário na Le Boy, que é uma boate gay. Então, eu gostaria de saber o que vc acha dos gays?"
Dercy - Adoro eles. Se querem dar o cu, o problema é deles. Tive grandes amigos gays. Trabalhei durante anos com o Luiz Carlos que era gay assumido, fui amiga de Madame Satã. Amiga não, eu a conhecia dos Cabarés da Lapa e ela me respeitava muito.
Eu - O que vc espera do futuro?
Dercy - Não espero nada. Não acredito em amigos, nem em Deus, mas sim na Natureza. Você já reparou como ela é bonita? Como é bonita uma árvore, um rio, uma flor? Até os mosquitos trepando são bonitos, pois é a natureza.
Eu - Vc é única. Daqui a dez anos, surgiram outras Fernandas Montenegro,Dulcina, Morineau, Bibi, Marília Pêra, mas Dercy Gonçalves é só uma. Você criou um comportamento irregular que é só seu. Aliás, não é a toa que o grande autor Paulo Pontes considerava vc mais importante do que a Fernanda Montenegro. Por ser única.
Dercy - Muito obrigado!


"Por maior que seja o buraco em que você se encontra, pense que, por enquanto, ainda não há terra em cima" (Dercy Gonçalves)

terça-feira, 3 de julho de 2007

Bastidores - Série Teatro Brasileiro

Ler um bom livro é SEMPRE ADQUIRIR CULTURA.


"A Europa é linda mas é coisa do passado. Esse continente é o passado dos museus e, na linguagem dos jovens, a Europa já era, nada de novo está acontecendo e os EUA estão se robotizando. O futuro está aqui. Aqui há efervescência, inquietude, bom humor, alegria e imaginação, frutos talvez da nossa ingenuidade, pobreza e esperança. O brasileiro é latino: finge que gosta de rock, hambúrguer e Coca-Cola, mas gosta mesmo é de samba, contos de fada, tutu de feijão e cerveja"

Este pensamento é tão atual que parece que foi dito ontem, mas foi dado a Simon Khoury, pela grande atriz Dulcina de Moraes, falecida em 1996.

Dulcina, sempre foi uma mulher muitos anos à frente de seu tempo. Começou a preocupar-se com a parte técnica dos espetáculos, dando melhor tratamento aos cenários e à profissão de técnico teatral; tirou o ponto do palco, levando-o para a coxia; criou as folgas de segundas-feiras e lançou no Brasil autores consagrados como Garcia Lorca, Eugene O’Neill, Bernard Shaw, Noel Coward e outros tantos.

Segundo a atriz Fernanda Montenegro, Dulcina de Morais foi uma de suas inspirações na vida artística e uma das maiores atrizes nacionais.
“A ela, nós devemos a segunda-feira de folga, o fim da carteirinha de prostituta para atriz, a presença do autor brasileiro nos palcos do Brasil” - declarou Fernanda Montenegro.

Este é apenas um dos muito depoimentos-entrevistas dadas ao ator-jornalista Simon Khoury para a "Série Teatro Brasileiro - Bastidores" (editora Letras & Expressões), que já lançou 10 (DEZ)volumes de depoimentos de nossos artistas, como Mme. Morineau, Paulo Autran, Tônia Carrero, Dercy Gonçalves, Vanda Lacerda, Christiane Torloni, Cleyde Yáconis, Nicete Bruno, entre tantos outros. Em cada volume,o leitor encontra no mínimo quatro ou cinco fragmentos da história da nossa cultura e, lógico, do nosso teatro. É uma leitura obrigatória para quem estuda ou gosta de cultura e Teatro.
Acreditem, Simon é tão interessante quanto seus entrevistados. Portanto, todos os volumes são como um bom espetáculo de arte.
Os interessados devem procurar a livraria mais próxima, pois são raras as que possuem os tais livros. A livraria do Espaço de Cinema, na Volutários da Pátria, ainda tem alguns exemplares. Corra!

quinta-feira, 28 de junho de 2007

Curtas, Rapidinhas e etc......(28/6

A pedido estou criando o espaço: "Curtas, Rapidinhas e etc...."


- Vocês já repararam, principalmente no Metro, que as pessoas descem as ESCADAS ROLANTES, como a mesma pressa que usam nas escadas que não são rolantes. Pergunto eu: "já que estão com tanta pressa, por quê não desocupam as escadas rolantes e usam as escadas normais? As vezes, ao chegar numa estação, vejo que a escada rolante está parada, mas o BEM EDUCADO usuário, faz questão de accioná-la para poder subir correndo, aos pulos. Vai entender.........................


- Gilberto Braga, autor consagrado da TV brasileira, criou, não se sabe porque um casal gay na sua novela "Paraíso Tropical". Acontece que os dois não demonstram, mesmo que seja na interpretação, ter qualquer relacionamento. Criatividade, meus caros!


- Tem certos donos de boate que para enganar ao seu público mudam o nome das festas toda semana, mas se o frequentador prestar atenção a programação é a mesma desde que a casa inaugurou. Não é falta de dinheiro, o que falta é CRIATIVIDADE dos criadores dos shows para inventarem coisas diferentes. Além do mais, os artistas da noite, como Rose Bom Bom, Lorna Washington, Kaika, e outras, já trazem suas roupas de casa. Portanto, onde é gasto os investimentos que esses CRIADORES dizem que tem? Vamos acordar, tem muita bicha dormindo no ponto.

- A Pizzaria Cervantes, que fica na rua Domingos Ferreira e já frequento há 30 anos, está pecando pelo excesso de rapidez com tenta demonstrar eficiência. O freguês mal entra no restaurante e já vem o garçom enfiando o cardápio no seu nariz. Cinco minutos depois, vem a pizza, e ele já quer deixar logo dois pedaços, para que acabe logo. Você mau acabou de comer a azeitona que estava no prato, lá vem o garçon, que estava postado atrás de você, colocando os dois pedaços que faltavam para ele se livrar logo daquele freguês, que no caso é você. Apresenta a conta, devolve o troco, agradece e deseja que volte sempre.
Logo em seguida, diz ao outro colega tb garçon, tchau!, até amanhã!
Quer dizer esse rapaz estava apenas esperando vc engolir rapidamente aquela pizza para poder ir embora. Isso numa quinta-feira, às 20h30m, com casa absolutamente vazia. O mundo mudou, mas infelizmente para pior.

- "Por maior que seja o buraco em que você se encontra, pense que, por enquanto, ainda não há terra em cima" (Dercy Gonçalves).

- Quem tiver sugestões é só escrever que eu publico ou não, depende do meu humor, OK?

quarta-feira, 13 de junho de 2007

Precisamos Ajudar Copacabana


Noite Legal

A partir de amanhã, quinta-feira, a boate Le Boy vai ter que se adaptar às novas medidas de seguranças. O que o proprietário da boate, Gilles Lascar, acha que às noites em Copacabana ficarão ainda mais fazias, pois nem todos os frequentadores de sua boate gostam de aparecer em público ou mesmo ter seu nome, seus dados, expostos na porta de uma boate. Além do mais, turistas não tem carteira de identidade, como irão fazer? No iníncio tudo é difícil, mas depois tudo se acerta, mesmo porque a causa é nobre. É só ver os índices divulgadas pela Secretária Segurança, logo abaixo:
Violência em Copacabana caiu 59% com choque de ordem
A operação CopaBacana reduziu em 59% os registros de roubos, furtos e assaltos a turistas na 12ª delegacia de polícia do bairro em relação ao mesmo período do ano passado, de acordo com o subsecretário de Governo e coordenador do programa, Rodrigo Bethlem. A força tarefa, iniciada em 19 de abril, abordou nesse fim de semana 20 prostitutas no calçadão da Avenida Atlântica e fiscalizou as casas noturnas da região.
Os ficais da operação informaram que a intenção era descobrir se havia menores de idade se prostituindo e levantar dados de possíveis aliciadores. As mulheres, levadas para a delegacia do bairro, foram liberadas. A operação também cadastrou moradores de rua, e um homem que dormia na calçada foi encaminhado a um abrigo. Quatro menores foram revistados; um deles, que estava com maconha, foi levado para delegacia de Proteção a Criança e Adolescente e os demais encaminhados para a Fundação para Infância e Adolescência (FIA).
Rodrigo Bethlem lembrou que a CopaBacana também vai somar ao projeto Noite Legal, da subsecretaria de Segurança, que visa fiscalizar casas noturnas. Conforme o programa, os empresários têm que se adequar às leis que proíbe o ingresso em boates com armas, com exceção aos policiais federais. Já os policiais civis e militares só podem entrar armados se estiverem em serviço, mas seus dados devem ser anotados. A legislação também prevê a instalação de câmeras de circuito interno de TV, e determina a identificação dos freqüentadores da casa.
- Ainda será conferido o cumprimento das normas de Defesa Civil, como extintores de incêndio, portas de emergência e capacidade de lotação, além da exploração sexual de menores em boates. Há muita coisa a fazer em Copacabana – disse Bethlem, afirmando que, num primeiro momento, as casas noturnas em situação irregular serão notificadas para se legalizarem.
Além do choque de ordem, o projeto vai oferecer à população de rua acolhida e abrigada na Fundação Leão XIII a oportunidade de se integrar ao mercado de trabalho. Através de parcerias entre a Secretaria de Governo, o Instituto Costa Verde e o Sistema Nacional de Emprego (Sine) serão ofertados cursos profissionalizantes e vagas de emprego.
A ação conjunta do governo do estado com órgãos civis e militares faz repressão à exploração sexual, tráfico de drogas e busca diminuir a criminalidade no bairro que é cartão postal do Rio. Para denunciar os problemas da região, a população deve telefonar para (21) 2299-5300.

sábado, 9 de junho de 2007

Flávio Cavalcanti


Flávio Cavalcanti, que saudade!


Flávio Cavalcanti Junior, filho do maior comunicador da televisão brasileira, Flavio Cavalcanti, e da carismática Dona Belinha, começou cedo a ajudar o pai na administração dos custos de produção dos programas que “seu velho”, como fala nos capítulos posteriores, comandava na extinta TV Tupi. Chegando, uma das vezes, a substituir o apresentador e, com toda a timidez que demonstrava no vídeo, comandou com êxito o programa “Um instante, Maestro!”.
No livro "Eu Juro Que Vi", o autor, mostra ao leitor uma visão pouco conhecida do grande público: os bastidores da política, do setor comercial e da televisão. Revela que além de ter sido o filho do comunicador mais importante da televisão, também foi um homem ligado aos assuntos gerais de uma produção televisiva. Depois de ter começado com seu pai, Flávio Júnior, foi trabalhar com Adolpho Bloch. Onde revela o lado engraçado, familiar e pitoresco deste empresário. Ajudou, politicamente, a viabilizar a Rede Manchete. Depois, “correndo atrás de um sonho”, como faz questão de deixar claro, foi trabalhar com Roberto Medina, na Artplan. Acompanhou Silvio Santos na criação do SBT, onde trabalhou por 14 anos, no SBT/Brasília.
Mas o lado mais curioso do livro são mesmo os bastidores da política e da televisão. Flávio Cavalcanti Júnior mostra as injustiças sofridas por seu pai. Apesar de ser tratado como homem de direita, teve várias vezes seu programa tirado do ar, pela mesma direita que diziam pertencer. Revela, também, que o pai colocou como jurada de seu programa a atriz Leila Diniz, que estava proibida pela direita de participar da novela “O sheik de Agadir”, da TV Globo. Além de ter oferecido abrigo à atriz em sua casa de Petrópolis, nos anos de repressão política, pois “seu jeito atrevido e o corpo quase sempre à mostra, incomodava as virtuosas senhoras das autoridades da República”. Nesta época, conviveu com outra figuraça dos meios de comunicação: Carlos Imperial. Consagrado produtor de pornochanchadas para o cinema e produtor de peças teatrais, como “Um edifício chamado 200”. É de Imperial que faz uma revelação surpreendente e reveladora: era totalmente careta, não encarava sequer uma dose de bebida alcoólica, pois era viciado em Coca-Cola, e seu grande prazer era degustar dois ou três copos grandes do refrigerante, seguidos por arrotos monumentais. Coisas de Imperial. Também revela a verdadeira e injusta a acusação sofrida pelo cantor Wilson Simonal.
Com seu pai Flávio Cavalcanti, o autor viveu os momentos de glória e de dificuldades financeiras sofridas, principalmente, após a fase difícil por que passava a TV Tupi. Tendo começado na década de 50 na TV, seu pai comandou na TV Rio o programa "Noite de gala", onde fez entrevistas marcantes, como: Tenório Cavalcanti e o presidente americano John Kennedy. Em 1957, estreava na TV Tupi carioca o programa "Um instante, Maestro!". Em 1965, lançou na TV Excelsior o primeiro júri de TV no seu programa. No ano seguinte, reeditou o programa na Tupi, lançando mais um programa na mesma emissora: “A grande chance”. Na década de 70, Antonio Lucena, superintendente da TV Tupi no Rio, chamou o apresentador e lhe fez a proposta de juntar os dois programas semanais em um só, aos domingos, de 18 às 22 horas. Lucena prometeu uma estrutura à parte da Tupi para viabilizar a produção do programa, comentando o desafio de se fazer o primeiro programa em rede nacional (a Embratel acabara de ligar todo o país através do satélite). Então, aos domingos, às 18 horas ia ao ar a chamada que entrou para a história da televisão brasileira: “No ar, neste momento, via Embratel, para todo o Brasil o Programa Flávio Cavalcanti”, nesse momento entrava em cena o apresentador com seu tradicional smoking. Ele chegou, pela conquista da audiência, a disputar convidados com o programa “Discoteca do Chacrinha”, que era exibido no mesmo dia pela TV Globo. O programa foi um grande sucesso durante anos. Porém, já na década de 70, a Rede Tupi começava a enfrentar problemas financeiros e passava a atrasar o pagamento de seus artistas. Então, com armar e bagagens, em 1973, foram para uma chamada assombração: a TV Rio Canal 13. Emissora que depois de brilhar na Av. Atlântica, acabou escondida num prédio inacabado nos costados do Morro do Pavãozinho, em Ipanema, onde seriam as instalações do futuro Panorama Palace Hotel. Quatro meses depois, voltavam para Tupi. Porém, mais uma vez, tiveram que trocar de canal: foram para a iniciante TVS Canal 11, reeditando o programa "Um instante, Maestro!". Voltou para a Tupi em 1978 com o "Programa Flávio Cavalcanti", mas seu esforço foi inútil, pois a emissora já estava no fim. Como não poderia ficar fora do ar, se transferiu, em 1982, para a TV Bandeirantes de São Paulo, onde apresentou diariamente o "Boa-noite, Brasil". O apresentador chegou a ser cogitado pela TV Globo, mas nada foi concretizado. Então, Flávio Júnior, o Flavinho, falou com Sílvio Santos se ele não tinha interesse em ter o comunicar em sua emissora novamente. Depois de várias negociações, em 1983, o “Programa Flávio Cavalcanti” passou a se exibido pelo SBT, que ficou no ar até sua morte em 1986. Por seus programas passaram vários nomes consagrados da crítica musical e do meio artístico brasileiro, como: Sérgio Bittencourt, Nélson Motta, Danuza Leão, Mister Eco, José Messias, Sargentelli, Marisa Urban, Erlon Chaves, Márcia de Windsor, entre outros.
Por essa e por outras, o livro de Flávio Cavalcanti Júnior merece um lugar de destaque em qualquer estante dos pesquisadores de televisão. Parafraseando o autor devo admitir: Flávio Cavalcanti, “Meus Deus, que saudade!”.

sexta-feira, 8 de junho de 2007

Carlos Alberto - O Primeiro Galã da Rede Globo


Carlos Alberto é um ator brasileiro de cinema e televisão.

O ator, infelizmente, faleceu de câncer há um mês, aos 81 anos, mas só ontem a família comunicou o seu falecimento.

O gaúcho Carlos Alberto Soares, que começou a carreira no cinema, em 1952, ficou conhecido como galã de novelas, mas sempre foi definido pelos amigos como um homem discreto. Tanto que pediu à sua família que não divulgasse sua morte. Seu primeiro papel na televisão foi em "O desconhecido", em 1964, na TV Record de São Paulo. O sucesso, porém, veio dois anos depois, ao protagonizar sua primeira novela na iniciante TV Globo Canal 4, do Rio de Janeiro, "Eu compro essa mulher", ao lado da atriz Yoná Magalhães, com quem foi casado entre 1966 e 1971. Carlos Alberto e Yoná Magalhães formaram o primeiro par romântico da emissora e ainda repetiram a dobradinha em "A sombra de Rebeca" (1967) e "O homem proibido" (1968). Nesse mesmo ano, ele fez "Passos dos ventos", mas dessa vez ao lado de Glória Menezes. A dobradinha não deu certo. Então, a emissora resolveu reatar o casal Carlos e Yoná naquela que seria a primeira novela do escritor Dias Gomes na TV, ainda assinando como Stela Calderón, "A ponte dos suspiros" (1969). Essa novela marcou, também, a última atuação da dupla juntos na Rede Globo.

Em 1970, mudaram-se para a TV Tupi de São Paulo, onde protagonizaram sua primeira novela contemporânea: "Simplesmente Maria". Com o fim do casamento, ele continua na Tupi e Yoná voltou para a Globo para fazer "Uma rosa, com amor".

Carlos Alberto fez ainda na TV Tupi a novela Na Idade do Lobo, com Bete Mendes, em 1972. Em 1975, volta à Globo para viver o maestro Clóvis di Lorenzo em Bravo!, novela de Janete Clair. Depois de um pausa de alguns anos, participa de várias telenovelas na Rede Manchete: Dona Beija, Novo Amor, Tudo ou Nada, Kananga do Japão, Tocaia Grande, Xica da Silva e Mandacaru. Em 2001, participa da minissérie Os Maias na Rede Globo. Foi Carlos Alberto o maior responsável pela carreira brilhante de Rubens de Falco.



sábado, 26 de maio de 2007

Nostalgia - Marlene na TV










Marlene na Televisão

“Garson garante o espetáculo”, foi apresentado pela cantora Marlene, exibido em 1962, todas as terças-feiras, às 21h15m, pela TV Rio, Canal 13, do Rio de Janeiro. Era um programa de variedades musicais, onde a apresentadora cantava e entrevistava os seus convidados. Era patrocinado pelas Casas Garson, especializada em eletrodomésticos. Um dos quadros era o “O compositor e eu”, onde Marlene recebia a cada semana um compositor. Foi numa dessas apresentações que ela, junto com Ronaldo Bôscoli e Roberto Menescal apresentaram pela primeira vez a música Rio” (“Rio que mora no mar/Sorrio pro meu Rio que tem no seu mar..../Que é dourado quase todo dia/E alegre como a luz/Rio é mar...”).

Curiosidade: a atriz Fernanda Montenegro cantou um dos poemas de Manoel Bandeira, com arranjo feito pela produção.

Entre os três ou quatro convidados semanais, ela recebeu Tom Jobim, Dalva de Oliveira, Silvia Teles, Lúcio Alves, Dick Farney, entre outros.

Ganhou, com dois anos e pouco de programa no ar, o prêmio de revelação de apresentadora e no ano seguinte o de apresentadora pela Revista do Rádio, TV Guia e Jornal dos Esportes. Ao lado da inesquecível e saudosa cantora Emilinha Borba, protagonizou uma das mais polêmicas brigas do rádio. Foto (2) das duas fazendo as pazes.
Porém, entre as duas nem tudo eram espinhos. Tanto que as duas conversaram durante mais de três horas, pelo telefone, no dia da morte de Emilinha.
Hoje, Marlene no auge dos seus 60 anos de carreira, com recente relançamento do CD “É a maior!”, pela Som Livre, se mostra uma artista atualizada com seu tempo e preocupada com o futuro de seu país. Sua enorme versatilidade marcou época, no rádio, na TV, no cinema e no teatro.
— Foi no meu programa que a Elis Regina cantou pela primeira vez um samba, antes do sucesso da música “Arrastão“. Foi nele que reuni pela primeira vez Pixinguinha, Lamartine Babo e Ismael Silva. Que passaram a ser chamados de a Velha Guarda, dando origem, anos depois, à Jovem Guarda. Porém, é triste ver a cultura atual do país. O Ministro da Cultura não faz nada por ela, acho que ele não deve ter cultura. Ele esquece compositores de sua própria geração, como o grande compositor Edu Lobo — comenta a cantora Marlene.








sexta-feira, 13 de abril de 2007

O Homem de La Mancha


O Homem de La Mancha


Esta peça foi a primeira obra teatral que assisti na vida. Ela inauguração o magestoso Teatro Adolpho Bloch, na Glória. Paulo Autran surgia como um magro Dom Quixote, ao lado de Dulcinéia/Aldonza (Bibi Ferreira) e de Sancho Pança (Grande Otelo). Meu amor pelo teatro, nasceu aí.
O musical "O Homem de La Mancha", tinha texto de Dale Wassermann, baseado na obra de Miguel de Cervantes, teve tradução de Paulo Pontes e Flávio Rangel, versão das canções feitas por Chico Buarque de Holanda e Ruy Guerra e direção de Flávio Rangel.
Don Quixote de la Mancha, a história cômico-romântica do escritor espanhol Miguel de Cervantes Saavedra, foi o livro mais traduzido para outras linguas, desde a invenção da imprensa. Considerado o primeiro romance moderno, e protótipo de grande parte da ficção mundial, o conto do perturbado cavaleiro Don Quixote, que se lança numa guerra contra os moinhos de vento, prende a imaginação dos leitores desde 1.605, ano da publicação de sua primeira parte.
"Sonhar mais um sonho impossivel
Lutar quando é fácil ceder/ Vencer o inimigo invencível/ Negar quando a regra é vencer/ Sofrer a tortura implacável/ Romper a incabível prisão/ Voar no limite improvável/ Tocar o inacessível chão/ É a minha lei / É a minha questão/ Virar esse mundo/ Cravar este chão/ Se é terrível demais/ Não importa saber/ Quantas guerras terei de vencer/ Por um pouco de paz/ E amanhã esse chão que eu beijei, for meu leito e perdão/ Vou saber que valeu delirar e morrer de paixão/ E assim seja lá como for/ Vai ter a fim a infinita a aflição e o mundo vai ver uma flor/ Brotar do impossível chão".

quinta-feira, 29 de março de 2007

MARIA BETHÂNIA




Maria Bethânia, a grande cantora brasileira, está lançando mais um filme sobre sua carreira nos cinemas brasileiras: "Maria Bethânia — Pedrinha de Aruanda”, de Andrucha Waddington.


Biografia:


Nascida em Santo Amaro da Purificação (BA), cantava desde pequena, com outros da família, e pensava em ser atriz. Em 1960 foi para Salvador terminar os estudos, e passou a freqüentar o meio artístico, ao lado do irmão Caetano Veloso.Três anos depois estreou na peça "Boca de Ouro", de Nelson Rodrigues, como cantora. Por essa época, Bethânia e Caetano conheceram outros músicos iniciantes: Gilberto Gil, Gal Costa, Tom Zé, Alcivando Luz e outros. Esse grupo montou, em 1964, os espetáculos "Nós Por Exemplo", "Nova Bossa Velha, Velha Bossa Nova" e "Mora na Filosofia". Na ocasião, Bethânia foi ouvida pela musa da bossa nova, Nara Leão, que a convidou para substituí-la no espetáculo "Opinião", em cartaz no Rio de Janeiro.Bethânia e Caetano foram para o Rio em 1965, e ela tornou-se conhecida por sua participação no "Opinião", interpretando "Carcará" (João do Vale/ José Cândido), que a marcou como cantora de protesto. Ainda no ano de 1965 gravou seus primeiros discos, um compacto e um LP, com sambas de Noel Rosa, Benedito Lacerda, e músicas de Caetano. Depois de um breve retorno à Bahia, participou, em 1966 dos espetáculos "Arena Canta Bahia" e "Tempo de Guerra", ambos com direção de Augusto Boal. Também competiu em festivais e cantou em teatros e casas noturnas no Rio e São Paulo, tornando-se nacionalmente conhecida. Com mais de 30 discos gravados ao longo de sua carreira, dividiu shows e álbuns com Edu Lobo, Chico Buarque e participou do grupo Doces Bárbaros em 1976, ao lado de Caetano, Gil e Gal Costa. Seu disco "Álibi", de 1978, foi o primeiro de uma cantora brasileira a vender mais de um milhão de cópias, alavancado pelos sucessos de "Negue" (Adelino Moreira/ Enzo Passos), "Explode Coração" (Gonzaguinha), "Ronda" (Paulo Vanzolini), "Sonho Meu" (Dona Ivone Lara/ Délcio Carvalho) e "Cálice" (Gil/ Chico Buarque). Em 86, lançou o LP "Dezembros", que destacava o bolero "Anos Dourados", de Tom Jobim e Chico Buarque. Até meados dos anos 90, realizou discos mais intimistas, até que em 1994, voltou ao romantismo num disco só com músicas de Roberto e Erasmo Carlos ("As Canções que Você Fez pra Mim"). Em 96, lançou o CD "Âmbar", que se transformou no espetáculo "Âmbar - Imitação da Vida", no ano seguinte, um grande sucesso de público e virou álbum duplo. Em 1999 lançou o CD duplo "Diamante Verdadeiro", também ao vivo. O ano de 2000 foi marcado por grandes concertos e encontros musicais; Bethânia apresentou-se ao lado do tenor italiano Luciano Pavarotti, em Salvador (Bahia); com Caetano Veloso no Pavilhão Atlântico em Lisboa (Portugal); e na noite de 31 de dezembro fez um show para mais de 200.000 pessoas com Gilberto Gil no Farol da Barra (Bahia/Salvador). Maria Bethânia comemorou 35 anos de carreira em 2001, completados na verdade em 2000, (a data oficial de sua estréia profissional é 13 de Fevereiro de 1965, o dia exato em que subiu ao palco no show Opinião no Rio substituindo Nara Leão). E em dose dupla: o show de lançamento do novo álbum "Maricotinha" reuniria no dia 04 de Setembro no palco do Canecão, Rio de Janeiro, uma constelação de grandes nomes da MPB, como Chico Buarque, Caetano Veloso, e Gilberto Gil, prestando sua homenagem à diva. Em 2002, Maria Bethânia surpreendeu ao lançar "Maricotinha ao vivo" pela gravadora independente "Biscoito Fino". O sucesso alcançado pelo álbum duplo, que vendeu mais de 100 mil cópias, mostrou que ela não estava errada. Com 49 faixas, gravado no Directv Hall, em São Paulo, registra o show "Maricotinha", apresentado em inúmeras capitais brasileiras. Além do repertório do último disco, o show apresenta antigos sucessos na voz de Bethânia, como "Álibi" (Djavan), "Ronda" (Paulo Vanzolini), "Anos dourados" (Chico Buarque e Tom Jobim), "Festa" (Luiz Gonzaga Júnior) e "Opinião" (Zé Kéti), esta última, a música que lançou a cantora em 1965. Dirigido por Fauzi Arap, no espetáculo são recitados textos de Fernando Pessoa, Ferreira Goulart, José Vicente, Lya Luft, Sophia de Mello Breyner e Natália Correa. "Maricotinha ao vivo" foi lançado também em DVD, em 2003. Filmado na tradicional casa de espetáculos carioca, o Canecão, o DVD traz os videoclipes "A voz de uma pessoa vitoriosa", que mostra o Rio de Janeiro dos anos 60, e "Coração meu", vídeo composto por cenas fluviais e marinhas. Antes do DVD "Maricotinha ao vivo", Maria Bethânia lançou o álbum "Cânticos, Preces, Súplicas à Senhora dos Jardins do Céu", em que homenageia Nossa Senhora. Neste compacto, a cantora reafirma toda sua religiosidade, presente em quase toda sua obra. Bethânia reafirmou sua independência em 2003. Inaugurando seu selo "Quitanda" dentro da "Biscoito Fino", a cantora lançou "Brasileirinho". "Brasileirinho" superou as expectativas, conquistando crítica e público. Com participações especiais de Miúcha, Nana Caymmi, do grupo Tira Poeira, formado por cariocas, gaúchos e catarinenses, na música "Padroeiro do Brasil" (Ary Monteiro e Irany de Oliveira), e do grupo experimental mineiro Uakti na faixa "Salve as Folhas", o disco viaja pelos diversos brasis do interior. As faixas são intercaladas com intervenções poéticas de Ferreira Gullar, recitando "O Descobrimento", de Mário de Andrade, e de Denise Stoklos, que interpreta "O poeta.No ano seguinte foi lançado o registro do show do disco "Brasileirinho", gravado ao vivo no Canecão, em DVD. O repertório extrapola o álbum e conta com 36 faixas, retomando as parcerias com Miúcha, Nana Caymmi, e com os grupos Uakti e Tira Poeira, que participam mais do espetáculo. Estão presentes também as intervenções poéticas feitas tanto por Denise Stoklos e Ferreira Gullar, como pela própria Bethânia. Nos "extras", um making of do espetáculo com entrevistas, além da versão exclusiva de "Trenzinho Caipira" e de versões em close de "Cigarro de Paia" e "Motriz". Quase como continuação de "Brasileirinho", Bethânia produziu a homenagem "Namorando a Rosa", para Rosinha de Valença. Violonista, Rosinha teve grande participação na carreira de sucesso de Bethânia. Dirigiu seu espetáculo "Comigo me Desavim", em 1967, e gravou "Cheiro de Mato", álbum de 1976 que influenciou a obra da cantora baiana. O disco tem 13 músicas, com uma gravação de Rosinha de Valença e faixas interpretadas por Chico Buarque, Bebel Gilberto, Maria Bethânia, Yvone Lara, Delcio Carvalho, Yamandú Costa, Alcione, Martinho da Vila, Turíbio Santos, Joanna, Miúcha, Hermeto Pascoal e Caetano Veloso. Em 2005, outra homenagem, desta vez mais pessoal, ao poeta Vinicius de Moraes. São 15 faixas nas quais Bethânia interpreta parcerias do "poetinha" com Antonio Carlos Jobim, Garoto, Chico Buarque, Carlos Lyra, Baden Powell, Toquinho, Adoniran Barbosa, Jards Macalé, além de uma versão de Caetano Veloso para "Nature Boy" (Eden Ahbez) e de um antigo registro de voz de Vinicius, recuperado por ela. O disco não deixa de ser uma retribuição de Bethânia à música "O mais-que-perfeito", de Vinicius e Macalé, que ratificou a generosidade visionária do poeta ante a geração de Bethânia, Caetano, Chico, Edu e do próprio Macalé. Ainda em 2005, é lançado um DVD, “Tempo, tempo, tempo” (Biscoito fino), com imagens do show gravado em São Paulo, onde a cantora comemorou 40 anos de carreira. Além de canções imortais de Vinícius de Moraes, Bethânia recria os compositores mais marcantes de sua trajetória, como Chico Buarque e Caetano Veloso, num repertório definitivo na voz da mais influente intérprete da música brasileira.

terça-feira, 27 de março de 2007

YONÁ MAGALHÃES





A BELA YONÁ MAGALHÃES


Yoná Magalhães Gonçalves Mendes da Costa, ou apenas Yoná Magalhães (Rio de Janeiro, 7 de agosto de 1935) é uma atriz brasileira. Começou carreira no rádio em 1957.

A atriz Yoná Magalhães foi a primeira estrela de novelas contratada da então TV Globo-Canal 4, no Jardim Botânico. Muito do sucesso da emissora se deve, sem dúvida, aos autores e ao carisma desta atriz.
Ela passou por todas as fases das novelas. Dos dramalhões de Glória Magadan, até a exuberante Matilde, em "Roque Santeiro", de Dias Gomes e Aguinaldo Silva.
Em 1966, ao estrear "Eu compro essa mulher", de Gloria Magadan, que foi a primeira novela de sucesso da emissora, Yoná era a protagonista. A trama marcou, pois tinha uma trilha revolucionária do maestro Erlon Chaves, com um solo de assobio na música-tema. Seguida por "O sheik de Agadir"; "O homem proibido"; "A sombra de Rebeca"; "A gata de vison" e finalmente "A ponte dos suspiros", que foi a primeira novela de Dias Gomes, sob o pseudôni-
mo de Stela Calderón. Foi o último dramalhão da Globo e a despedida da atriz da emissora.
Ela iria fazer uma nova experiência na TV Tupi, em "Simplesmente Maria", em 1970, seria sua primeira novela contemporânea.
Porém, em 1973, voltou para a Globo de peruca loira, em "Uma rosa, com amor" (foto. Vieram, então, "O semideus", Janete Clair; "Corrida do ouro", de Lauro Cesar Muniz e Gilberto Braga e "Cuca legal", de Marco Rey.
Em 80, partiu para a TV Bandeirante, onde seria a sobrinha de Dercy Gonçalves na novela "Cavalo amarelo", de Ivani Ribeiro. Com o sucesso das personagens, foi criado para as duas a novela "Dulcinéia vai a guerra", de Sérgio Jockman e Jorge Andrade.
Em 84, já na Globo, atua em "Amor com amor se paga", de Ivani Ribeiro. E na minissérie "Um só coração", como a mãe de Tarsila do Amaral.
Estrela sim, mas com muita simplicidade. Aversa a badalações, gosta das coisas simples da vida. Não tem preferência por autores, mas por personagens. No alto de sua experiência, dá a receita simples de uma boa novela.
— As novelas sempre me caíram no colo. Do esquema que fazia na Rua Von Martius (onde funcionava os antigos estúdios de novela da Globo) para o Projac não tem diferença, apenas ampliou. Que bom! É claro, agora fica mais difícil bater na porta do diretor, explicar e resolver. Mas tudo bem. Quanto aos autores tem aqueles que a gente conhece, sabe como vai escrever. Não tenho saudades, mas lamento a falta de um Dias (Gomes), da Janete (Clair), da Ivani Ribeiro, do diretor Walter Avancini, porque eram pessoas maravilhosas e amigas. Gente que saiu do rádio e tinham toda aquela carpintaria. São pessoas que já cumpriram sua parte aqui e fazem muita falta. Novela para mim é o que estes autores fizeram e que os autores exce-
lentes continuam fazendo. Como o Gilberto Braga, por exemplo. O ingrediente da novela é a base que não pode mudar. Afinal, ou é um bolo ou um pudim. O bolo se faz com farinha de trigo, ovo, leite e açucar. O pudim não. A base tem que ser o bolo, que pode ser de chocolate, de abacaxi, o que o autor quiser. A estrutura não pode mudar, que é o inconsciente coletivo, que é o que digo
que é a massa do bolo. Os enfeites, os abacaxis, seja lá o que se vai colocar, tem que acompanhar o seu tempo. Se mudar é outra coisa, não é bolo — revelou a experitente Yoná.
Para aqueles que acreditam que panela velha é que faz comida boa, eis aqui um verdadeiro banquete! A atriz, na glória de seus 50 anos, apareceu num ensaio que pode ser definido de maneira otimista como "lânguido". Mas a idade avançada era o de menos: nas fotos não havia closes, detalhes ou ousadia. Apenas uma nudez "artística" que evitava ofender as vovós que acompanhavam Yoná Magalhães desde a década de 50. Como é bom ter acompanhado a trajetória desta "Estrela" e saber que ainda brilhará muito. Eu vi todos os seus trabalhos seja na Globo, na Tupi, ou na Bandeirantes na novela "Os bandeirantes". Atualmente, Yoná faz a Virgínia na novela "Paraíso tropical", de Gilberto Braga.
No site do Globo.com, a atriz falou de sua forma física.
"Virgínia é adepta da malhação. E a Yoná?
-Tanto eu quanto a minha personagem nos preocupamos, antes de tudo, com a saúde; a estética nada mais é que a conseqüência disso. Acredito que quando se tem saúde, você fica bem disposta, alegre e com a fisionomia e a pele boas.
Que exercícios você pratica?
- Faço esteira como exercício aeróbico, musculação e um tipo de alongamento baseado na yoga, no ballet clássico e algumas posturas do pilates. É um tipo de prática que trabalha os músculos, as articulações. Isto me traz bem-estar.”

segunda-feira, 19 de março de 2007

C O P A C A B A N A


Em Copacabana passei minha infância, adolescência e juventude. Morava, para ser mais preciso, na Rua Sá Ferreira, no Posto 6.
Naquela época, tinhamos no Posto 6 a extinta e saudosa TV Rio-Canal 13. Lá, entrei num estúdio de TV pela primeira vez, pois participava no programa "Pullman Júnior". Nas areias dessa praia, que tinha apenas uma pista de mão dupla, eu dava os meus primeiros mergulhos e pegava jacaré em prancha de isopor. Lembram?
Por isso, hoje, quando vejo a novela "Paraíso tropical", de Gilberto Braga, fico emocionado. Quando toca a música de abertura "Sábado em Copacabana", choro feito criança, ainda mais na voz de Maria Bethânia:
"Depois de trabalhar toda a semana/ Meu sábado não vou desperdiçar/ Já fiz o meu programa pra essa noite/ E já sei por onde começar/ Um bom lugar, pra se encontrar, Copacabana/ Pra passear, à beira-mar, Copacabana/
Depois um bar à meia-luz, Copacabana/ Eu esperei por esta noite uma semana/ Um bom jantar, depois dançar, Copacabana/ Pra se amar, um só lugar, Copacabana/ A noite passa tão depressa/ Mas vou voltar lá pra semana/ Se encontrar um novo amorCopacabana".