quinta-feira, 29 de março de 2007

MARIA BETHÂNIA




Maria Bethânia, a grande cantora brasileira, está lançando mais um filme sobre sua carreira nos cinemas brasileiras: "Maria Bethânia — Pedrinha de Aruanda”, de Andrucha Waddington.


Biografia:


Nascida em Santo Amaro da Purificação (BA), cantava desde pequena, com outros da família, e pensava em ser atriz. Em 1960 foi para Salvador terminar os estudos, e passou a freqüentar o meio artístico, ao lado do irmão Caetano Veloso.Três anos depois estreou na peça "Boca de Ouro", de Nelson Rodrigues, como cantora. Por essa época, Bethânia e Caetano conheceram outros músicos iniciantes: Gilberto Gil, Gal Costa, Tom Zé, Alcivando Luz e outros. Esse grupo montou, em 1964, os espetáculos "Nós Por Exemplo", "Nova Bossa Velha, Velha Bossa Nova" e "Mora na Filosofia". Na ocasião, Bethânia foi ouvida pela musa da bossa nova, Nara Leão, que a convidou para substituí-la no espetáculo "Opinião", em cartaz no Rio de Janeiro.Bethânia e Caetano foram para o Rio em 1965, e ela tornou-se conhecida por sua participação no "Opinião", interpretando "Carcará" (João do Vale/ José Cândido), que a marcou como cantora de protesto. Ainda no ano de 1965 gravou seus primeiros discos, um compacto e um LP, com sambas de Noel Rosa, Benedito Lacerda, e músicas de Caetano. Depois de um breve retorno à Bahia, participou, em 1966 dos espetáculos "Arena Canta Bahia" e "Tempo de Guerra", ambos com direção de Augusto Boal. Também competiu em festivais e cantou em teatros e casas noturnas no Rio e São Paulo, tornando-se nacionalmente conhecida. Com mais de 30 discos gravados ao longo de sua carreira, dividiu shows e álbuns com Edu Lobo, Chico Buarque e participou do grupo Doces Bárbaros em 1976, ao lado de Caetano, Gil e Gal Costa. Seu disco "Álibi", de 1978, foi o primeiro de uma cantora brasileira a vender mais de um milhão de cópias, alavancado pelos sucessos de "Negue" (Adelino Moreira/ Enzo Passos), "Explode Coração" (Gonzaguinha), "Ronda" (Paulo Vanzolini), "Sonho Meu" (Dona Ivone Lara/ Délcio Carvalho) e "Cálice" (Gil/ Chico Buarque). Em 86, lançou o LP "Dezembros", que destacava o bolero "Anos Dourados", de Tom Jobim e Chico Buarque. Até meados dos anos 90, realizou discos mais intimistas, até que em 1994, voltou ao romantismo num disco só com músicas de Roberto e Erasmo Carlos ("As Canções que Você Fez pra Mim"). Em 96, lançou o CD "Âmbar", que se transformou no espetáculo "Âmbar - Imitação da Vida", no ano seguinte, um grande sucesso de público e virou álbum duplo. Em 1999 lançou o CD duplo "Diamante Verdadeiro", também ao vivo. O ano de 2000 foi marcado por grandes concertos e encontros musicais; Bethânia apresentou-se ao lado do tenor italiano Luciano Pavarotti, em Salvador (Bahia); com Caetano Veloso no Pavilhão Atlântico em Lisboa (Portugal); e na noite de 31 de dezembro fez um show para mais de 200.000 pessoas com Gilberto Gil no Farol da Barra (Bahia/Salvador). Maria Bethânia comemorou 35 anos de carreira em 2001, completados na verdade em 2000, (a data oficial de sua estréia profissional é 13 de Fevereiro de 1965, o dia exato em que subiu ao palco no show Opinião no Rio substituindo Nara Leão). E em dose dupla: o show de lançamento do novo álbum "Maricotinha" reuniria no dia 04 de Setembro no palco do Canecão, Rio de Janeiro, uma constelação de grandes nomes da MPB, como Chico Buarque, Caetano Veloso, e Gilberto Gil, prestando sua homenagem à diva. Em 2002, Maria Bethânia surpreendeu ao lançar "Maricotinha ao vivo" pela gravadora independente "Biscoito Fino". O sucesso alcançado pelo álbum duplo, que vendeu mais de 100 mil cópias, mostrou que ela não estava errada. Com 49 faixas, gravado no Directv Hall, em São Paulo, registra o show "Maricotinha", apresentado em inúmeras capitais brasileiras. Além do repertório do último disco, o show apresenta antigos sucessos na voz de Bethânia, como "Álibi" (Djavan), "Ronda" (Paulo Vanzolini), "Anos dourados" (Chico Buarque e Tom Jobim), "Festa" (Luiz Gonzaga Júnior) e "Opinião" (Zé Kéti), esta última, a música que lançou a cantora em 1965. Dirigido por Fauzi Arap, no espetáculo são recitados textos de Fernando Pessoa, Ferreira Goulart, José Vicente, Lya Luft, Sophia de Mello Breyner e Natália Correa. "Maricotinha ao vivo" foi lançado também em DVD, em 2003. Filmado na tradicional casa de espetáculos carioca, o Canecão, o DVD traz os videoclipes "A voz de uma pessoa vitoriosa", que mostra o Rio de Janeiro dos anos 60, e "Coração meu", vídeo composto por cenas fluviais e marinhas. Antes do DVD "Maricotinha ao vivo", Maria Bethânia lançou o álbum "Cânticos, Preces, Súplicas à Senhora dos Jardins do Céu", em que homenageia Nossa Senhora. Neste compacto, a cantora reafirma toda sua religiosidade, presente em quase toda sua obra. Bethânia reafirmou sua independência em 2003. Inaugurando seu selo "Quitanda" dentro da "Biscoito Fino", a cantora lançou "Brasileirinho". "Brasileirinho" superou as expectativas, conquistando crítica e público. Com participações especiais de Miúcha, Nana Caymmi, do grupo Tira Poeira, formado por cariocas, gaúchos e catarinenses, na música "Padroeiro do Brasil" (Ary Monteiro e Irany de Oliveira), e do grupo experimental mineiro Uakti na faixa "Salve as Folhas", o disco viaja pelos diversos brasis do interior. As faixas são intercaladas com intervenções poéticas de Ferreira Gullar, recitando "O Descobrimento", de Mário de Andrade, e de Denise Stoklos, que interpreta "O poeta.No ano seguinte foi lançado o registro do show do disco "Brasileirinho", gravado ao vivo no Canecão, em DVD. O repertório extrapola o álbum e conta com 36 faixas, retomando as parcerias com Miúcha, Nana Caymmi, e com os grupos Uakti e Tira Poeira, que participam mais do espetáculo. Estão presentes também as intervenções poéticas feitas tanto por Denise Stoklos e Ferreira Gullar, como pela própria Bethânia. Nos "extras", um making of do espetáculo com entrevistas, além da versão exclusiva de "Trenzinho Caipira" e de versões em close de "Cigarro de Paia" e "Motriz". Quase como continuação de "Brasileirinho", Bethânia produziu a homenagem "Namorando a Rosa", para Rosinha de Valença. Violonista, Rosinha teve grande participação na carreira de sucesso de Bethânia. Dirigiu seu espetáculo "Comigo me Desavim", em 1967, e gravou "Cheiro de Mato", álbum de 1976 que influenciou a obra da cantora baiana. O disco tem 13 músicas, com uma gravação de Rosinha de Valença e faixas interpretadas por Chico Buarque, Bebel Gilberto, Maria Bethânia, Yvone Lara, Delcio Carvalho, Yamandú Costa, Alcione, Martinho da Vila, Turíbio Santos, Joanna, Miúcha, Hermeto Pascoal e Caetano Veloso. Em 2005, outra homenagem, desta vez mais pessoal, ao poeta Vinicius de Moraes. São 15 faixas nas quais Bethânia interpreta parcerias do "poetinha" com Antonio Carlos Jobim, Garoto, Chico Buarque, Carlos Lyra, Baden Powell, Toquinho, Adoniran Barbosa, Jards Macalé, além de uma versão de Caetano Veloso para "Nature Boy" (Eden Ahbez) e de um antigo registro de voz de Vinicius, recuperado por ela. O disco não deixa de ser uma retribuição de Bethânia à música "O mais-que-perfeito", de Vinicius e Macalé, que ratificou a generosidade visionária do poeta ante a geração de Bethânia, Caetano, Chico, Edu e do próprio Macalé. Ainda em 2005, é lançado um DVD, “Tempo, tempo, tempo” (Biscoito fino), com imagens do show gravado em São Paulo, onde a cantora comemorou 40 anos de carreira. Além de canções imortais de Vinícius de Moraes, Bethânia recria os compositores mais marcantes de sua trajetória, como Chico Buarque e Caetano Veloso, num repertório definitivo na voz da mais influente intérprete da música brasileira.

terça-feira, 27 de março de 2007

YONÁ MAGALHÃES





A BELA YONÁ MAGALHÃES


Yoná Magalhães Gonçalves Mendes da Costa, ou apenas Yoná Magalhães (Rio de Janeiro, 7 de agosto de 1935) é uma atriz brasileira. Começou carreira no rádio em 1957.

A atriz Yoná Magalhães foi a primeira estrela de novelas contratada da então TV Globo-Canal 4, no Jardim Botânico. Muito do sucesso da emissora se deve, sem dúvida, aos autores e ao carisma desta atriz.
Ela passou por todas as fases das novelas. Dos dramalhões de Glória Magadan, até a exuberante Matilde, em "Roque Santeiro", de Dias Gomes e Aguinaldo Silva.
Em 1966, ao estrear "Eu compro essa mulher", de Gloria Magadan, que foi a primeira novela de sucesso da emissora, Yoná era a protagonista. A trama marcou, pois tinha uma trilha revolucionária do maestro Erlon Chaves, com um solo de assobio na música-tema. Seguida por "O sheik de Agadir"; "O homem proibido"; "A sombra de Rebeca"; "A gata de vison" e finalmente "A ponte dos suspiros", que foi a primeira novela de Dias Gomes, sob o pseudôni-
mo de Stela Calderón. Foi o último dramalhão da Globo e a despedida da atriz da emissora.
Ela iria fazer uma nova experiência na TV Tupi, em "Simplesmente Maria", em 1970, seria sua primeira novela contemporânea.
Porém, em 1973, voltou para a Globo de peruca loira, em "Uma rosa, com amor" (foto. Vieram, então, "O semideus", Janete Clair; "Corrida do ouro", de Lauro Cesar Muniz e Gilberto Braga e "Cuca legal", de Marco Rey.
Em 80, partiu para a TV Bandeirante, onde seria a sobrinha de Dercy Gonçalves na novela "Cavalo amarelo", de Ivani Ribeiro. Com o sucesso das personagens, foi criado para as duas a novela "Dulcinéia vai a guerra", de Sérgio Jockman e Jorge Andrade.
Em 84, já na Globo, atua em "Amor com amor se paga", de Ivani Ribeiro. E na minissérie "Um só coração", como a mãe de Tarsila do Amaral.
Estrela sim, mas com muita simplicidade. Aversa a badalações, gosta das coisas simples da vida. Não tem preferência por autores, mas por personagens. No alto de sua experiência, dá a receita simples de uma boa novela.
— As novelas sempre me caíram no colo. Do esquema que fazia na Rua Von Martius (onde funcionava os antigos estúdios de novela da Globo) para o Projac não tem diferença, apenas ampliou. Que bom! É claro, agora fica mais difícil bater na porta do diretor, explicar e resolver. Mas tudo bem. Quanto aos autores tem aqueles que a gente conhece, sabe como vai escrever. Não tenho saudades, mas lamento a falta de um Dias (Gomes), da Janete (Clair), da Ivani Ribeiro, do diretor Walter Avancini, porque eram pessoas maravilhosas e amigas. Gente que saiu do rádio e tinham toda aquela carpintaria. São pessoas que já cumpriram sua parte aqui e fazem muita falta. Novela para mim é o que estes autores fizeram e que os autores exce-
lentes continuam fazendo. Como o Gilberto Braga, por exemplo. O ingrediente da novela é a base que não pode mudar. Afinal, ou é um bolo ou um pudim. O bolo se faz com farinha de trigo, ovo, leite e açucar. O pudim não. A base tem que ser o bolo, que pode ser de chocolate, de abacaxi, o que o autor quiser. A estrutura não pode mudar, que é o inconsciente coletivo, que é o que digo
que é a massa do bolo. Os enfeites, os abacaxis, seja lá o que se vai colocar, tem que acompanhar o seu tempo. Se mudar é outra coisa, não é bolo — revelou a experitente Yoná.
Para aqueles que acreditam que panela velha é que faz comida boa, eis aqui um verdadeiro banquete! A atriz, na glória de seus 50 anos, apareceu num ensaio que pode ser definido de maneira otimista como "lânguido". Mas a idade avançada era o de menos: nas fotos não havia closes, detalhes ou ousadia. Apenas uma nudez "artística" que evitava ofender as vovós que acompanhavam Yoná Magalhães desde a década de 50. Como é bom ter acompanhado a trajetória desta "Estrela" e saber que ainda brilhará muito. Eu vi todos os seus trabalhos seja na Globo, na Tupi, ou na Bandeirantes na novela "Os bandeirantes". Atualmente, Yoná faz a Virgínia na novela "Paraíso tropical", de Gilberto Braga.
No site do Globo.com, a atriz falou de sua forma física.
"Virgínia é adepta da malhação. E a Yoná?
-Tanto eu quanto a minha personagem nos preocupamos, antes de tudo, com a saúde; a estética nada mais é que a conseqüência disso. Acredito que quando se tem saúde, você fica bem disposta, alegre e com a fisionomia e a pele boas.
Que exercícios você pratica?
- Faço esteira como exercício aeróbico, musculação e um tipo de alongamento baseado na yoga, no ballet clássico e algumas posturas do pilates. É um tipo de prática que trabalha os músculos, as articulações. Isto me traz bem-estar.”

segunda-feira, 19 de março de 2007

C O P A C A B A N A


Em Copacabana passei minha infância, adolescência e juventude. Morava, para ser mais preciso, na Rua Sá Ferreira, no Posto 6.
Naquela época, tinhamos no Posto 6 a extinta e saudosa TV Rio-Canal 13. Lá, entrei num estúdio de TV pela primeira vez, pois participava no programa "Pullman Júnior". Nas areias dessa praia, que tinha apenas uma pista de mão dupla, eu dava os meus primeiros mergulhos e pegava jacaré em prancha de isopor. Lembram?
Por isso, hoje, quando vejo a novela "Paraíso tropical", de Gilberto Braga, fico emocionado. Quando toca a música de abertura "Sábado em Copacabana", choro feito criança, ainda mais na voz de Maria Bethânia:
"Depois de trabalhar toda a semana/ Meu sábado não vou desperdiçar/ Já fiz o meu programa pra essa noite/ E já sei por onde começar/ Um bom lugar, pra se encontrar, Copacabana/ Pra passear, à beira-mar, Copacabana/
Depois um bar à meia-luz, Copacabana/ Eu esperei por esta noite uma semana/ Um bom jantar, depois dançar, Copacabana/ Pra se amar, um só lugar, Copacabana/ A noite passa tão depressa/ Mas vou voltar lá pra semana/ Se encontrar um novo amorCopacabana".