terça-feira, 3 de julho de 2007

Bastidores - Série Teatro Brasileiro

Ler um bom livro é SEMPRE ADQUIRIR CULTURA.


"A Europa é linda mas é coisa do passado. Esse continente é o passado dos museus e, na linguagem dos jovens, a Europa já era, nada de novo está acontecendo e os EUA estão se robotizando. O futuro está aqui. Aqui há efervescência, inquietude, bom humor, alegria e imaginação, frutos talvez da nossa ingenuidade, pobreza e esperança. O brasileiro é latino: finge que gosta de rock, hambúrguer e Coca-Cola, mas gosta mesmo é de samba, contos de fada, tutu de feijão e cerveja"

Este pensamento é tão atual que parece que foi dito ontem, mas foi dado a Simon Khoury, pela grande atriz Dulcina de Moraes, falecida em 1996.

Dulcina, sempre foi uma mulher muitos anos à frente de seu tempo. Começou a preocupar-se com a parte técnica dos espetáculos, dando melhor tratamento aos cenários e à profissão de técnico teatral; tirou o ponto do palco, levando-o para a coxia; criou as folgas de segundas-feiras e lançou no Brasil autores consagrados como Garcia Lorca, Eugene O’Neill, Bernard Shaw, Noel Coward e outros tantos.

Segundo a atriz Fernanda Montenegro, Dulcina de Morais foi uma de suas inspirações na vida artística e uma das maiores atrizes nacionais.
“A ela, nós devemos a segunda-feira de folga, o fim da carteirinha de prostituta para atriz, a presença do autor brasileiro nos palcos do Brasil” - declarou Fernanda Montenegro.

Este é apenas um dos muito depoimentos-entrevistas dadas ao ator-jornalista Simon Khoury para a "Série Teatro Brasileiro - Bastidores" (editora Letras & Expressões), que já lançou 10 (DEZ)volumes de depoimentos de nossos artistas, como Mme. Morineau, Paulo Autran, Tônia Carrero, Dercy Gonçalves, Vanda Lacerda, Christiane Torloni, Cleyde Yáconis, Nicete Bruno, entre tantos outros. Em cada volume,o leitor encontra no mínimo quatro ou cinco fragmentos da história da nossa cultura e, lógico, do nosso teatro. É uma leitura obrigatória para quem estuda ou gosta de cultura e Teatro.
Acreditem, Simon é tão interessante quanto seus entrevistados. Portanto, todos os volumes são como um bom espetáculo de arte.
Os interessados devem procurar a livraria mais próxima, pois são raras as que possuem os tais livros. A livraria do Espaço de Cinema, na Volutários da Pátria, ainda tem alguns exemplares. Corra!

2 comentários:

Anônimo disse...

Já está em falta.

Anônimo disse...

Essa sindrome de falta de oculos eh terrivel. Mas, realmente, ha pessoas no Brasil q produzem algo interessantissimo. O que esta longe de ser uma coisa do Brasil. O Brasil eh desigual demais para ser levado como uma coisa soh.